quinta-feira, maio 15, 2008

28


Diz que é o meu aniversário. Diz que há 28 anos que habito este planeta. Não me sinto mais velha. Não sinto o 28 como um todo, antes como apenas e só um número. 28 anos de aprendizagem. 28 anos de mim.

domingo, maio 11, 2008

Mais de mim...


Fazes-me mal... só pode ser a conclusão. Fazes-me arder, sufocar e pirar completamente da cabeça... e do coração, que treme e abala, e a boca seca e o desejo não saciado . Vai, mas volta, eu perdoo a vontade de chorar, o peito cheio e o olhar inundado de saudade.

Eu desejo como o mar, cheio e intenso, com o corpo nú a navegar na aurora desta manhã difusa....

Eu sinto os teus olhos que me acariciam o rosto e a tua mão que deseja mas não avança. Os teus dedos que te traiem e o gesto que não te obedece.

Dá-me, não mintas. Dá-me não sufoques. Dói-me mas não me magoa. Magoa-me a tua falta, a tua mentira.

Desejo-te do tamanho do coração descarnado de dor. Díluvio de uma terra abandonada. Choro de desilusão. Perfeição de inventar. Desejo de sonho e de toque.

Toca-me, não sejas côr quando podes ser luz...

Lua transparente que tu me pintaste...

Penso nisso amanhã, hoje estou aqui!

quinta-feira, maio 08, 2008

Tu que até arrumavas os sapatos debaixo da minha cama # 6

Gabriel Macht
Ai que este moçoilo tem um sorriso... e um olhar... Não conhecia semelhante espécime até ontem. Por andavas rapaz??
Ouvi dizer que o Frank Miller o escolheu para interpretar a personagem principal de uma adaptação do comic "The Spirit". Eu que até nem sou muito fã do género, faço um sacríficiozinho e lá vou espreitar.

segunda-feira, maio 05, 2008

Chuva

Hoje sinto assim. Hoje e ontem e antes e agora, o travo a vazio e a nada. Um sufoco aflitivo, o ar que se perde no vácuo. A privação, o enfado. A dor de não sentir, de não tocar.




"Chuva" - Mariza




As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade