sexta-feira, janeiro 11, 2008

Observações e Azares

Quarta-feira, dez da manhã, Zara do Dundrum Shopping Center. Secção de homem, comprar uma prendinha de aniversário para um colega de trabalho. Caixa: "sorry, this one is closed, can you please go to the children section?..." Ok, de todas as (poucas) vezes que aqui vim, esta caixa está sempre fechada... Esta gente não trabalha? Dobrar roupa é muito cansativo?
Lá vou eu à caixa de criança. Rapariga/empregada com ar simpático. "Can you please wrap it? It's for a present(eu)." A moça não deve ter percebido, e naquela da paródia fiz um comentário para a Vera, em português. Ela - "Do you speak spanish?" Eu e a Vera olhamos uma para a outra e sorrimos. NÃO, não sou espanhola... Sabem quantas vezes me perguntaram isso? Muitas, já perdi a conta... Eu sei que o português até tem algumas semelhanças, mas... E depois há pessoas que me dizem que eu pareço espanhola, tipo, só de olhar para mim. Acho piada, até porque eu até gosto dos espanhóis, mas ainda não percebi muito bem o porquê desta observação. E também não sei se hei-de considerar isso como um elogio, mera obeservação ou quê. Um dia destes descubro.
Adiante.
Outro apontamento, este muito, mas muito diferente.
Ontem aconteceu-me o inimaginável. Entro em casa com a Vera para ir buscar algumas coisas para passar a noite em casa dela, deixamos as coisas no sofá e subimos ao meu quarto para eu fazer a mochila. Ela foi para a net e eu andei de um lado para o outro, entre arrumar as coisas e lanchar, passaram no máximo 20 minutos. Quando finalmente está tudo pronto para ir, a Vera não encontra a mala... Ok, diz ela, levei-a para cima. "Mas estava aqui, tenho a certeza...", digo eu. Não pode ser... Vasculhamos tudo. A mala dela estava no sofá, a minha ao lado. Da dela nem sinal... Começámos a achar que só podia ser uma piada de mau gosto.
A primeira coisa que me veio à cabeça foi "alguém me entrou em casa..." Não me enganei... Saio disparada para a rua e a primeira coisa que reparo é que a porta nem está no trinco. Confirma-se. O filho da p*** entrou e saiu em segundos e nem eu nem ela demos conta... O coração caiu-me aos pés... Como é possível? Eu vivo numa zona residêncial bastante calma onde estas coisas não acontecem... O meu vizinho vive lá há 10 anos e ficou tão estupefacto como nós. E no meio desta história toda, ainda tive sorte. Sim, porque se me tivessem levado a minha mala... Bem, levavam 2 telemóveis, um leitor mp3, a minha carteira com todos os documentos e com 500 euros lá dentro... Só de pensar nisso... E numa cadeira ao lado estavam as colunas de um amigo meu que as deixou lá da festa de passagem de ano.
Resumindo, a Vera ficou sem os documentos todos e o telemóvel, mas o filho da p*** não vai ter muito lucro, porque nem dinheiro ela tinha... As chaves e a carteira das moedas mais o leitor de mp3 tinha-os no casaco, ao menos isso.
Lá chamamos a Garda(nome da polícia aqui) e dois agentes vieram fazer o ralatório e dizer-nos que com um pouco de sorte a carteira com os documentos aparece por aí um dia destes. Ou não. Certo é que com luz do dia já vasculhámos as redondezas e nada. O mais certo é ter sido atirada para um canto qualquer com o resto das coisas que não lhe interessaram.
Lição imprescindível: nunca, mas nunca entrar em casa, nem que por um minutinho que seja, sem me trancar automaticamente a 7 chaves!
Impensável.
Siga pra bingo!!

1 comentário:

Anónimo disse...

BOLAS!!! Que cena mais estranha....Agora já sabes que não podes vacilar e tens que trancar SEMPRE a porta!! Quem fez isso uma vez pode queres fazer mais vezes!!!
Tem cuidado.

Beijinhos