quinta-feira, agosto 30, 2007

Se eu pudesse traduzir-me numa imagem hoje...


... era assim.


Cansada. Melancolica. Meia apática de repente.

Deve ser da mudança. Novo poiso. Se calhar é nostalgia.

Não sei mas estou assim a modos que tristonha e solitária.

E nunca mais acaba a semana...

E 27 de Setembro? Ainda falta muito?

segunda-feira, agosto 27, 2007

Máscara(s)


E dizia-me uma amiga há pouco que tenho de dançar ao ritmo da música que me dão... Queria com isto dizer que ser verdadeira não me trás vantagem nenhuma, muito pelo contrário. E eu sei que infelizmente ela tem razão. Na prespectiva da sociedade, verdadade, verdadinha. Por isso é que tantas vezes me sinto tão estranha, tão encolhida em mim. Estas pessoas todas representam um papel, usam uma máscara para ocasiões diferentes e consoante a pessoa a interagir.Há demasiados silêncios sufocados por estas máscaras. Eu faço o mesmo, certo, mas não quer dizer que goste. Mas ainda assim sei que sou transparente, que fingo e minto muito mal e que por causa disso muitas vezes assusto os que me rodeiam.

Isto a propósito de um desabafo no msn com uma amiga que está em Portugal. Perguntava-me ela porque é que não tinha escrito nada ultimamente(além do blog), e eu a dizer-lhe que há alturas em que não me sai nada, o que quer dizer que há alguma coisa que não está bem. Costumo escrever por impulso, muitas vezes de uma forma um bocado descontrolada, tanto que por vezes só depois de escrever e ler o texto com cuidado para corrigir possíveis erros, me apercebo do que realmente quis dizer ou do que estava a sentir. Um pouco como neste momento... E dizia-lhe eu que me sentia um bocado triste e frustrada. Um paradoxo na minha vida. O trabalho corre-me bem, encontrei novos amigos e agora, até já encontrei casa! Mas continuo a sentir que uma parte de mim está adormecida. Não que seja por minha vontade, porque o que eu muito queria era poder ser eu plenamente. Mas neste momento não é possível, e não sei quando será. Descobri que continuo a "assustar" os outros com a minha forma de sentir, que sou demasiado pura em muita coisa e que por causa disso vou sempre magoar-me mais. O meu coração é assim e eu vou atrás, apesar de muitas vezes querer demonstrar o contrário, isso sou só eu a tentar dançar ao ritmo do mundo. Sou eu a fingir que alinho no jogo, só porque sei que não sou a única que sente isto. Um dia destes pode ser que encontre alguém que realmente queira ver essa parte de mim que agora está escondida. Essa parte de mim que anseia por dar, e por se dar. Alguém que não tenha medo de se dar também, que queira arriscar. Alguém que me "veja", que queira partilhar. Alguém que consiga discernir para lá do comum, para lá do que toda a gente diz, sente e pensa. Alguém que não tenha para me dizer que só me vê como amiga. Disso tive a minha vida toda e ainda bem, quer dizer que muita gente me considera amiga. Mas também tenho direito a mais. Mereço mais.

E com esta conversa, acabámos as duas a fazer planos para a minha ida a Portugal, já daqui a um mês. Ainda falta um mês... e eu já com as lágrimas nos olhos, como habitual e ela a dizer-me para eu me preparar porque temos que pôr mais de 3 meses de conversa em dia! E o meu coração ficou apertadinho... Já faltou bem mais.

E só para finalizar, e como já referi de passagem há umas linhas atrás, já tenho casa. Pois é, o moço lá decidiu que eu até tinha bom ar e ligou-me hoje a confirmar que o quarto é meu a partir desta semana. Amanhã ajusto pormenores e fico com a conta bancária mais magrinha, mas já vou ter o meu cantinho. Um alívio portanto. Além disso, para fazer a mudança só preciso de me meter no elevador, andar um pouquinho com a trouxa atrás e estou na minha nova casa. Pois é, vou ser vizinha aqui dos meus anfitriões. Saio do 26 para ir viver no 11. Pelo menos compensou ter estado tanto tempo para decidir o que fazer. Fico perto dos amigos e do trabalho, não posso querer melhor.

E agora, vamos a dormir, ou tentar, que amanha(hoje), tenho de trabalhar.

Hasta!
P.S. E vou tentar que as minhas máscaras sejam a cada dia que passa mais transparentes.

domingo, agosto 26, 2007


Já não sei porque ainda me surpreendo. Melhor, nem sequer é surpresa, é o espanto de quem ainda acredita, apesar de tudo. Ás vezes a ingenuidade tolda-me a percepção da realidade. Sinto as coisas com o coração aberto e tudo, mas mesmo tudo me afecta. Sou ainda incapaz de ser com a cabeça. Nunca serei daquelas pessoas frias e distantes que parecem distantes da vida. Sei que ás vezes pareço distante mas é puro engano. É tudo insegurança e medo. É tudo uma vontade imensa de sugar a vida, com o coração a tremer e as mãos sedentas do toque...
Lágrimas só me aumentam a sede, a saudade e a tristeza. Faço-me de forte porque lá fora o mundo continua sem mim. As nuvens passam à velocidade desta batida infernal dentro do peito e já nem as gargalhadas cheias dos amigos me chegam. Os ouvidos estão surdos, as mãos paralisadas dentro dos bolsos, o olhar cheio de água, os passos apressados que querem fugir.

Nothing I can do, nothing I can say. I'm always here. Heart open, heart broken. This is my truth, no need to tell me yours, I already know it, it's the same last time.
Noboby really sees me, but everyone thinks that knows me.

terça-feira, agosto 21, 2007


Sem acentos, e vai mesmo assim. So para dizer que vou hoje ver um quarto, que espero, seja a minha nova casa nos proximos tempos! E fica ja aqui perto, e perto dos meus amigos, just next door. Desejem-me sorte!


Hasta!

domingo, agosto 19, 2007

Domingo

Cada vez gosto menos dos domingos. Domingo em Portugal era sinónimo de dia passado no sofá, literalmente a vegetar. É um daqueles dias em que só me apetecia ficar quietinha no meu canto, e quanto muito saía um pouquinho à noite para um café com os amigos para uma conversa mais amena. Mas desde que cheguei a Dublin os domingos passaram a significar solidão. Detesto esta sensação, como se estivesse a desperdiçar alguma coisa. Ficar em casa, a olhar para ontem e a desejar ter os meus amigos aqui, pelo menos para matar esta sensação que me dói no peito. Fiz outros amigos aqui, disso não posso queixar-me, mas ao domingo está tudo para o mesmo. Deve ser mal geral.
Agora estamos todos cá em casa. É este sentido de união que vai tornando as coisas mais fáceis à medida que os dias passam. O pessoal junta-se e vai jogando conversa fora, bebendo uns copos, ou, neste caso, um cafezinho português, uns jogos de Pro Evolution Soccer e comer uma chouriça bem portuguesa, acabadinha de chegar lá do nosso cantinho à beira-mar plantado. Um vinho bom a acompanhar e está o convívio organizado. Não fossem estes momentos e era tudo muito mais difícil.
E agora deixo aqui a música do fim-de-semana, a que me põe mais bem disposta e que apesar de já ter uns anitos, me animou muitas e muitas noites. E porque não hoje também?
Hasta!
Seven Nation Army - White Stripes(2003)
AH! Já me esquecia de fazer um comentário. O Benfica ontem parecia o Alegre Unido a jogar nas regionais( o clube da minha freguesia)!! Uma anedota! E mais não digo porque sinceramente fiquei sem mais palavras... Uma nódoa. E o Vieira que não venha com desculpas e teorias da conspiração de vão de escada. Se eu não gostasse tanto da bola...

quinta-feira, agosto 16, 2007

Sem nome...


Como chamo a isto?


Que coisa...! Já não escrevo nada há uns tempos, assim alguma coisa que me apeteça mesmo. A bem dizer, nem sei muito bem o que me apetece, ou se me apetece.

Estou assim à beira da minha imaginação, ou melhor, do meu sentir. Como se me estivesse a ver de fora.

Diz-se que só se sente falta das coisas quando já não as não temos. De acordo. Então e o que nunca tivemos? Então e sentimentos, também funciona da mesma maneira? Suponho que da forma que se possuem as coisas não se possa possuir sentimentos. Então e se não há essa coisa da posse com os sentimentos, então... Sinto coisas novas, coisas antigas, coisas do agora e coisas do antes. Ás vezes estou triste, abandonada a uma transparência muda do meu coração, ás vezes fico feliz, um raio de sol basta-me. Mas também basta uma gota de chuva e um empurrão da saudade. Ai saudade! O meu peito abre-se ao pranto. Acordo com o sabor da distância, o som do horizonte. Construo castelos de palavras para entreter a vontade de adormecer a vida.

Sinto, muito... Gostava de ser diferente, de não sentir a batida e o encantamento, de ser mais fora do que dentro. Não queria sentir isto... isto a que não sei dar nome.

segunda-feira, agosto 13, 2007

Wishes

Pearl Jam - Wishlist(1998)
"I wish I was a neutron bomb for once I could go off
I wish I was a sacrifice but somehow still lived on
I wish I was a sentimental ornament you hung on The Christmas tree
I wish I was the star that went on top
I wish I was the evidence
I wish I was the grounds For 50 million hands upraised and open toward the sky
I wish I was a sailor with someone who waited for me
I wish I was as fortunate as fortunate as me
I wish I was a messenger and all the news was good
I wish I was the full moon shining off a Camaro's hood
I wish I was an alien at home behind the sun
I wish I was the souvenir you kept your house key on
I wish I was the pedal brake that you depended on
I wish I was the verb 'to trust' and never let you down
I wish I was a radio song, the one that you turned up
I wish... I wish... "

sábado, agosto 11, 2007

Não posso...


Não! Não posso...

E mais não digo...

sexta-feira, agosto 10, 2007

E se...


E se me apetecer:

- ser feliz, um bocadinho...

- sorrir, muito, muito, com a alma...

- beliscar-te devagarinho para sentires o meu toque...

- desejar-te...

- ser tola...

- deixar de ser parva e fazer o que me apetece...

- gostar de ti...


Posso?

quarta-feira, agosto 08, 2007

If you could...

Aimee Mann - Save Me(1999)
But can you save me
Come on and save me
If you could save me ...

segunda-feira, agosto 06, 2007

Stop whispering, start shouting!

Hoje há:

- chuva de melancolia e frio para o aconchego;
- o fumo de um cigarro entre os dedos sedentos do toque;
- um desejo saído da confusão ébria;
- uma vontade sem caminho;
- silêncio:
- uma canção para me embalar.

Radiohead - Stop Whispering (1993)

Futebol e azar, muito azar


Vou então falar um pouquinho com o senhor. Sim, que um dos meus amigos diz que quando venho ao meu blog, venho falar com o senhor, sendo o senhor o meu blog, obviamente, nada de conotações religiosas por favor.

E eu já não vinha falar com o senhor há uns dias.

Foi uma boa semana. O trabalho vai correndo bem, vontade de melhorar muito mais. Bom ambiente, bons colegas.

Quarta-feira, jogo da bola. Pois, eu agora não quero outra coisa. Mas desta vez tive azar. Fomos jogar para um relvado para o qual não estava devidamente equipada. Não tenho chuteiras, jogo com umas sapatilhas velhotas da Pull & Bear que, obviamente, são tudo menos adequadas para jogar futebol na relva. Para ajudar, o relvado estava molhado e tinha sido cortado há pouco, tendo ficado as aparas soltas. Resultado: 5 minutos depois estava estatelada ao comprido e tinha uma dor muito manhosa na virilha direita. Não há mais jogo para ninguém. Doía para andar, quanto mais para correr ou chutar. E não fui a única. O meu colega de casa também fez uma lesão num músculo e também acabou a ver os outros do lado de fora do campo. Os irlandeses do costume lá estavam para nos desafiarem e parece que ficou acordado um joginho para todas as quartas-feiras.

E na onda do futebol, sexta-feira era dia do grande desafio Itália-Portugal, com direito a aposta e tudo. A equipa perdedora teria que afixar um poster da selecção vencedora. Um desafio interessante que os nossos portugas estavam ansiosos por disputar. E eu que estava toda contente por ir dar apoio... Sim, porque não houve jogo. E porquê? Porque parece que nesta cidade, fora do centro, se tiveres que ir a algum lado e não der para ser de LUAS, então as alternativas são poucas. Ou vais a pé, o que para o caso não dava muito jeito porque era longe, ou de táxi, que fica mais caro, ou de autocarro, que pensámos todos, seria a opção mais viável. Pois... O autocarro que passou primeiro, segundo o motorista não passava onde queríamos ir. Logo a seguir, o rapaz que estava na paragem diz-nos que não, que aquele autocarro, que entretanto foi embora, era o que nós queríamos. Pois é, mais 45 minutos de espera e de autocarro, nada. E quando o tempo começou mesmo a apertar, toca de chamar táxis. Opção mais lógica pensámos nós... Mais uma vez sem sorte. Conclusão: nada de jogo. Assim se perde uma disputa por falta de comparência.Alguém falou em azar?? Cúmulo! Como é possível que uma pessoa precise de um transporte e a única coisa com que pode contar é com as pernas?... É no mínimo ridículo. Para não falar no facto que os meus colegas ficaram muito mas muito chateados.

Ontem foi dia de compras e de jantarinho em casa dos amigos aqui do lado. Muita cerveja e muita conversa e já fui dormir com o dia a nascer.

Hoje, umas comprinhas para me equipar para o futebol(lá estou eu outra vez), e resto do dia para o descanso. E amanhã lá vamos nós outra vez para mais uma semana de trabalho. E a chuva voltou! E em Portugal está um calor abrasador! E as pessoas estão de férias, na praia...

E agora vou dormir que já são horas.


Hasta!