sexta-feira, abril 27, 2007

Dia Feliz


Parabéns Marco!

Um dia cheio de luz!

quinta-feira, abril 26, 2007

Baque


Sabem aquela sensação antes da queda, antes do mergulho? Ou quando sentem um pressentimento muito intenso, um formigueiro na ponta dos dedos, um aperto no peito? Ainda não aconteceu e já sentimos o impacto, o choque, o baque?! Hoje acordei assim. Com a sensação de algo inevitável, de algo indecifrável mas presente, um zumbido baixinho, uma excitação inominável.
E agora estou possuída por esta estranha força que se apoderou de mim, esta intuição malandra a bailar-me no peito.

Acordei, mas falta o click definitivo. Falta a onda avassaladora, o baque de misericórdia. Acordei para mim, para informações e contextos novos que de tão antigos em mim me iam minando, sabotando o caminho e a vontade.
Acordei mas ainda mal abri os olhos, ainda não vejo tudo claramente. E ainda falta muito, tanto... Falta muito para mim.

"Quando já nada é intacto,quando tudo na vida vem em pedaços e por dentro me rebenta um mar
Quando a cidade alucina,num luar de néon e de neblina e me esqueço de sonhar
Quando há qualquer coisa que nos sufoca e os dias são iguais a outros dias e por dentro o tempo é tão voraz
Quando de repente num segundo qualquer coisa me vira do avesso e desfaz cada certeza do meu mundo
Quando o sopro de uma jura faz balançar os dias

Quando os sonhos contaminam os medos e os cansaços
Quando ainda me desarma a tua companhia e tudo o que a vida faz em mim
Quando o dia recomeça e a noite ainda te prende nos seus braços e por dentro te rebenta um mar
Quando a cidade te esconde e o silêncio é o fundo das palavras que te esqueces de gritar"

Mafalda Veiga

quarta-feira, abril 25, 2007

Retorno


Começo este post com um pedido de desculpas. Mea culpa! Mea culpa! Mais de um mês decorrido desde o meu último post, eis-me aqui novamente. A quem costuma passar por cá, alegrem-se( ou não)! Voltei às teclas.

Escrevo hoje com a ânsia na ponta dos dedos, as ideias são mais rápidas que os dedos. Não consigo passar tudo para fora, tudo o que me apetece, por isso vai aos poucos.

A vida corre ao ritmo de sempre, nada de muito significante a assinalar. Trabalho rotineiro e a cada dia que passa mais frustrante. O voltar a casa sempre com uma sensação de vazio no peito, como se a vida estivesse a ir numa direcção e eu na outra, exactamente oposta. Que isto passa, que é uma fase me dizem, e eu digo também a mim própria constantemente. Mas eu acho que não tem nada a ver com fases, acho sim que eu é que sou a fonte dos meus próprios problemas. O que eu penso, sinto e acredito reflecte-se no universo à minha volta. Daí que, para mudar a minha vida, tenho de me mudar a mim. Mas isto é uma conversa para outro dia, hoje não me apetece pensar muito. O dia lá fora está cinzento e triste, eu com ele triste vou ficando.

Antes de me ir embora, só um apontamento final. Nos últimos dias deparei-me com situções em que pessoas que me são queridas sofreram em consequência da cobardia de outros. E parece que agora é moda! Para todo o lado que me viro, por cada pessoa que falo, lá vem mais um história, mais um "filme". Está tudo doido ou sou eu que sou anormal? Homens e mulheres perderam a cabeça, só pode. Ou então eu só acordei agora para a vida. Ou, melhor, e como eu já suspeito há muito tempo, eu é que não sou normal. Como me dizia uma amiga ontem: "Não és cabra! As cabras é que se safam!" Pois, penso que tens razão...