Há palavras que nos beijam

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

Alexandre O'Neill

Cadência

John Mayer - Your Body Is a Wonderland(2001)

O suspiro imenso do mergulho...

Suavidade do compasso da batida. Dóis-me sem sequer me tocares.

É possível sentir a tua falta contigo aqui? É coerente sentir isto se me sinto invisível?

Actualizacao:

- Nao tenho net ha quase duas semanas.

- Mudei de casa e precisei de uma semana ate ter tudo minimamente organizado(ha quem ja me compare a Monica do "Friends" por achar que eu tenho a mania das arrumacoes e das limpezas).

- Estou a fazer semanas de trabalho de 9 horas diarias.

- Nao consigo encontrar ninguem que alugue o meu antigo quarto e estou prestes a perder o meu deposito.

- Sinto-me esgotada.

- Nao consigo dormir em condicoes(nas pouquissimas horas que me deito).

- Preciso de mimos mas nao sei pedir.

- Precisava de um dia so para mim: compras, banho de imersao, molhar os pes no oceano, ver o por-do-sol,...

Resumidamente, estou um farrapo. Tenho sono o tempo todo mas quando chego a cama custa-me a adormecer. Estou sem paciencia para nada. Sinto que fiquei sem energia. Nao tenho entusiasmo para nada. Passo o dia a sonhar acordada com coisas e viagens que quero fazer mas depois lembro-me que estou praticamente falida e fico ainda mais cansada.

Socorro!

Ah, e como repararam, estou a escrever este post no trabalho(nao ha acentos para ninguem), por isso podem imaginar que isto esta muito bom...

Parece que os senhores da NTL me farao uma visitinha na sexta-feira de manha. A ver se e desta que instalam internet e TV por cabo. A ver vamos. Sabado passado fizeram-me um toma...

Preciso de uma pausa. Uma pausa de mim e de tudo, ficar um dia na cama e esquecer-me do mundo.

Hasta!

Quero. Não tem por onde se esconder esta dor física que me consome. Fingo e minto. Vergo-me em silêncio à vontade do toque... Mas o gesto fica a meio, a razão grita-me. A razão é só uma desculpa, má e fácil desculpa. Estou quase louca, rendida... Só me resta querer.

E hoje... fizeste-me sorrir por dentro...

E eis que o sol brilhou e o calor permitiu uma tarde de papo ao ar, pés na areia e sol no rosto. Que maravilha! O primeiro dia de praia de 2008. E espero vir a ter mais alguns lá mais para a frente...

A estadia por Portugal está quase a terminar. Voltar, só daqui a muitos meses. Fica a recordação de uns dias de muito descanso e muito sol. Que falta que me vai fazer...

Hasta!