segunda-feira, julho 30, 2007


Mais um fim-de-semana díficil... Despedida de um dos colegas que vai voltar para Portugal, muita cerveja e muita conversa à mistura, e um domingo letárgico, para não variar muito dos demais.

Já cá estou há exactamente 50 dias, faz amanhã 51. Parece pouco, mas a mim sabe-me a um ano. Quando falo com alguém em Portugal, seja a família ou amigos, sinto uma comichão no coração, uma aflição disfarçada, uma sensação que faço por esquecer no dia-a-dia mas que me faz uma visitinha nos momentos mais tranquilos.

Fui hoje perder um pouco do amor que possa eventualmente ter ao dinheiro que aqui tenho ganho, e fui gastar uns bons euros num belo dum par de sapatos. Lindos digo eu... E o dinheiro que me custaram também, mas adiante. Estava eu a dizer, que lá fui ao centro comercial mais próximo, e como é habito, lá fui apanhar o LUAS, metro ou eléctrico, como lhe queiram chamar. E é sempre quando faço essa viagem, curtinha, que me lembro das coisas que me estão mais distantes e ao mesmo tempo mais próximas, vivas dentro de mim. O mais fácil é esquecer-me delas durante o dia. Há inúmeros elementos de distracção. O mal mesmo é quando me apanho sozinha. Não que seja tristeza ou desespero. É uma saudade tranquila, que aperta o coração e em alguns momentos me chega a lágrima ao olho. Nada que não possa controlar. E lá fui eu no LUAS, para pegar no telemóvel e receber uma mensagem vinda lá do país do sol, uma mensagem para me aquecer o coração, para me fazer ter vontade de largar tudo e ir a correr de volta, uma mensagem para me fazer desejar com todo o coração que um telefonema mude a vida de alguém assim como mudou a minha... Uma mensagem que não diz nada mas que me fez encher o dia de sol, pelo menos o resto do dia. OBRIGADA!

Agora tenho que dizer até já a um amigo recente. Não gosto de despedidas, detesto-as. Dizer adeus é pôr fim a algo. Não quero dizer adeus a nada na minha vida, muito menos a pessoas a quem quero bem, muito bem. É um até já, igual aquele que deixei aos meus quando parti.

E depois vou dormir que amanhã é outro dia!

Hasta!

Ah, e hoje, milagrosamente, não choveu!

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